Jornal de Medicina e Saúde

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25 dezembro 2005




Chocolate preto reduz risco de problemas cardíacos em fumadores

Entre todos os alimentos, o chocolate preto é o que reúne mais antioxidantes, sendo mais benéfico do que o vinho tinto, o chá verde e a fruta, afirmam os investigadores do estudo publicado na revista "Heart".
O consumo de chocolate preto é benéfico para a saúde dos fumadores. Este alimento pode neutralizar o endurecimento das artérias, reduzindo a probabilidade dos indivíduos virem a sofrer de problemas cardíacos graves. Estas são as principais conclusões de um estudo publicado, no dia 20 de Dezembro, na revista Heart, citada pela Lusa.
Isto porque “Um pedaço pequeno de chocolate preto pode aumentar consideravelmente o consumo de antioxidantes, o que tem um efeito benéfico na saúde vascular”, justificam os investigadores. Nesta investigação, foram comparados os efeitos do chocolate preto (com 74 por cento de cacau) e do chocolate branco no fluxo arterial de 20 fumadores. A actividade das células das paredes arteriais e das plaquetas que intervêm na coagulação sanguínea está em constante transformação nos fumadores. Factor este que pode facilitar o estreitamento e endurecimento das artérias e o desenvolvimento de doenças cardíacas.
Os participantes do estudo abstiveram-se de ingerir alimentos com elevados teores de antioxidantes, antes de consumirem 40 gramas de chocolate. Decorridas duas horas da ingestão deste alimento, os exames ultra-sons demonstraram que o fluxo arterial dos fumadores melhorou, e que este efeito se prolongou por 8 horas. E a actividade das plaquetas diminuiu para metade com o consumo deste tipo de chocolate, mostraram as análises ao sangue que evidenciaram igualmente um acréscimo dos níveis de antioxidantes. Entre todos os alimentos, o chocolate preto é o que reúne mais antioxidantes, sendo mais benéfico do que o vinho tinto, o chá verde e a fruta.
O mesmo não se verifica em relação ao segundo tipo de chocolate, o branco, que não interferiu com as células do endotélio, nem com as plaquetas nem com os níveis de antioxidantes, concluiu o estudo.


Daniela Gonçalves