Jornal de Medicina e Saúde

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31 dezembro 2005


Estatísticas Governamentais – E.UA.
2.2 milhões de adolescentes tiveram depressão em 2004
Cerca de um em cada dez adolescentes americanos, ou seja 2.2 milhões, sofreram de depressão major, no último ano, noticiou a Reuters. Estes dados constam nas estatísticas governamentais divulgadas na quinta-feira, que revelam também que estes jovens tendem a fumar, beber álcool ou a consumir mais drogas do que aqueles que não tiveram nenhum episódio depressivo.
Em 2004, nove por cento dos adolescentes, sobretudo os mais velhos, vivenciaram um estado psicológico depressivo, especificou o Substance Abuse and Mental Health Services Administration, ou SAMHSA. Cerca de 12 por cento dos adolescentes com 16 ou 17 anos tiveram depressão austera em 2004, contra apenas cinco por cento com 12 ou 13 anos que sofreu deste distúrbio afectivo. Do total dos jovens com 14 ou 15 anos, nove por cento teve uma depressão major. E um factor preocupante é que menos de metade foi alvo de intervenção terapêutica.
Em tom de alerta, o administrador do SAMHSA, Charles Curie afirmou que “estes novos dados servem como uma chamada de atenção para os pais. Isto porque a saúde mental é uma parte essencial de toda a saúde e bem-estar das suas crianças”.
Mas, a questão do tratamento da depressão nos adolescentes não é consensual, desde que, em 2004, um cientista americano da Food and Drug Administration concluiu que os anti-depressivos podem aumentar o risco de suicídio nos jovens. A partir daí, o organismo pediu aos fabricantes de medicamentos para mencionar, no rótulo dos anti-depressivos, o potencial risco deste tipo de fármaco. Alguns especialistas e médicos pensam que esta medida terá influenciado a baixa adesão ao tratamento por parte dos jovens.
O inquérito deste estudo envolveu 70,000 pessoas nos E.U.A, com 12 e mais anos. A depressão “major” foi considerada um período de pelo menos duas semanas que são caracterizadas por uma perda de interesse, humor depressivo e por sintomas como, por exemplo, mudanças em termos de sono, apetite ou concentração.
Daniela Gonçalves
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