Jornal de Medicina e Saúde

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05 fevereiro 2006

Doença de Parkinson
Dificuldades do controlo do cérebro sobre o sistema motor


Indivíduos com mais de 50 anos são os mais afectados pela doença de Parkinson, afirmam os investigadores do National Institute of Neurological Disorders and Stroke

A doença de Parkinson faz parte das doenças designadas desordens do sistema motor, que resultam da perda da produção de dopamina das células do cérebro. Tremor nas mãos, nos braços, ou noutras partes do corpo, rigidez, lentidão de movimentos, dificuldades de equilíbrio e coordenação são, segundo o National Institute of Neurological Disorders and Stroke, os principais sintomas de Parkinson.
Com o evoluir da doença, os doentes podem ter dificuldades de locomoção, ao nível da conversação, ou da realização de tarefas primárias. De salientar que a evolução da doença difere de doente para doente. O tremor que caracteriza a sintomatologia dos doentes com Parkinson, acaba gradualmente por afectar o desenvolvimento das suas actividades diárias.
Esta realidade de perda progressiva de capacidades pode originar outros sintomas, tais como, depressão e outras alterações de humor, dificuldades em engolir, mastigar, e falar, problemas urinários ou obstipação, problemas dermatológicos, e sono irregular.
O diagnóstico da doença de Parkinson não pode ainda, actualmente, ser realizado, a partir de exames de sangue ou testes laboratoriais, mas sim através da história clínica e do exame neurológico. A doença de Parkinson não é fácil de ser diagnosticada, e isto implica que os médicos peçam aos doentes que realizem análises neuronais ou testes laboratoriais, para despistar outras doenças neurológicas.
Ainda não são conhecidas as causas definitivas para a doença de Parkinson, sendo, no entanto, apontados factores ambientais, tais como as toxinas, como possíveis factores de risco.
Os indivíduos com mais de 50 anos são os mais afectados por esta doença neurológica, que não tem cura, mas cujos sintomas podem ser atenuados com a utilização da medicação, defendem os investigadores do National Institute of Neurological Disorders and Stroke.

Daniela Gonçalves